Este blog destina-se a trocar experiências e informações sobre tecelagem feita em teares de pente liço e de pedais, mostrando um pouco do meu trabalho.
Contador de visitas junho/2012
Bem vindo ao meu Blog
Sou um tecelão por opção, comecei a tecer em teares de pente liço por curiosidade e acabei por ser um tecelão profissional. Depois de alguns anos, exponho e vendendo os meus trabalhos (tapetes, passadeiras, jogos americanos, centros de mesa, caminhos de mesa, mantas, etc...) em feiras de artesanato na região de Bauru e na loja virtual www.elo7.com.br/tearte
Também, se você conversar diretamente comigo e quiser que eu faça algum trabalho, me exponha o que você quer, se uma peça que você gostou, informe qual e as cores e medidas, que farei um orçamento sem compromisso, e poderei te mandar pelo correio diretamente ou através da minha loja virtual onde você tem muitas opções de pagamento. Converse comigo, OK!
Pensamentos para refletir
"Deixe que os outros vivam vidas pequenas, mas não você. Deixe que os outros discutam por coisas pequenas, mas não você. Deixe que os outros chorem por pequenas feridas, mas não você. Deixe que os outros deixem os seus futuros nas mãos de alguma outra pessoa, mas não você."
-- Jim Rohn
"Vá frequentemente à casa de um amigo, pois as ervas daninhas obstruem o caminho não usado"
== Ralph Waldo Emerson
Sobre o tear de pente liço
O Tear de Pente Liço possibilita a elaboração de tecidos diversos, tapeçarias, tapetes, etc., sendo o tipo mais comum encontrado entre artesãos que elaboram e executam seu trabalho de forma simples e totalmente manual. São construídos em vários tamanhos, e a dimensão das peças nele executadas ficam limitadas pela largura do seu pente. Assim, teares mais largos (pentes mais largos), permitem a execução de peças mais largas. O limite do comprimento das peças é determinado pelo comprimento da urdidura e da habilidade do artesão em coloca-la no tear, pois neste tear sendo a urdidura e o tecido enrolados gradativamente em que o trabalho é executado nos rolos existentes, à medida em que o trabalho vai se desenvolvendo e o rolo de tecido vai se tornando cada vez mais espesso, limitações começam a surgir. Os teares tipo pente liço com cavalete podem ser encontrados normalmente até a largura de
Uma breve história do tear
Com o decorrer do tempo os teares foram sendo aprimorados de forma a tornar o trabalho mais produtivo e mais eficiente, e os avanços foram significativos, possibilitando uma enorme gama de possibilidades na confecção dos tecidos, pois o processo foi sendo automatizado de tal forma que nos dias de hoje, com o advento da industrialização temos teares motorizados que possibilitam a confecção de milhares de metros de tecidos por dia, suprindo a necessidade de vestimentas para toda a humanidade.
Os tecidos são fibras de algodão, de lã, de linho, ou outras fibras naturais ou sintéticas, fiadas e tingidas por processos manuais, que nos teares, de acordo com a criatividade do tecelão, se unem em cores e formas para formar um tecido útil e vistoso.
A tecelagem utilitária evoluiu na tecnologia e avançou na mecanização, enquanto que a de expressão procurou os caminhos naturais e se utiliza de teares manuais onde as tramas e as urdiduras se entrelaçam para dar forma ao pensamento e à intuição, produzindo tecidos de extrema beleza e durabilidade.
Saber tecer e tingir fios de fibras naturais são conhecimentos que se mantém a séculos e acompanham a humanidade desde sua origem. Por necessidade, a tecelagem firmou-se no Brasil Colônia, onde produzir tecidos para escravos e gente simples justificava o empreendimento. Houve tempo em que toda casa mineira tinha uma roda de fiar e um tear tosco de madeira. Fazia-se o fio e do tear saiam colchas e roupas para a família. Enquanto teciam, as mulheres iam nomeando suas tramas de acordo com o desenho: Daminha, Pilão, Escama, Dados, Sem Destino ou até mesmo com os nomes das artesãs que as criavam. Com as tramas nascia o pensamento abstrato e é por isto que, até hoje, tecer significa pensar. Suas técnicas consagradas pelo tempo não são restritivas, mas sim, abrem infinitas possibilidades de resultados, desafiando a criação.
28 de set. de 2007
Tapetes pequenos
Dicas 3
O cálculo deste passo depende das dimensões do tear que tivermos, existem várias maneiras de se prender a urdidura no rolos da frente (rolo do tecido), e no rolo de traseiro (rolo urdidor). Em qualquer caso, vai ser necessário um comprimento adicional de fio na urdidura para prendermos a mesma nesses rolos. O comprimento de fio da urdidura que vai da parte posterior do pente até o rolo urdidor, onde é amarrado, e mais também uma medida adicional anterior ao pente onde devido à proximidade é impossível tecer, são considerados como perdas. Resumindo, existe um espaço útil na urdidura, onde podemos tecer, todo o resto, apesar de necessários para a colocação no tear, são considerados perdas. Observe o esquema abaixo visto em um corte transversal de um tear de pente liço:
Tem-se a seguinte regra para o cálculo do comprimento da urdidura:
COMPRIMENTO DA URDIDURA = COMPRIMENTO DA PEÇA + PERDAS
Perdas são os acréscimos a serem considerados na amarração do urdume no tear. No tear de pente liço, vamos considerar uma perda fixa e igual a
Comprimento da Urdidura =
Observação: Se a peça tivesse
As perdas independem do comprimento do trabalho a ser tecido, são fixas e igual a
DICA : Quando se pretende tecer várias peças com a mesma urdidura, pode-se colocar uma só urdidura no tear, mas deve-se considerar sempre um comprimento adicional entre o término de uma peça e o início de outra. Esta distância entre duas peças sucessivas pode ser
Trabalho a executar: Tecer 3 tapetes com
Comprimento = Comp. 1ª peça + 30cm (espaço entre as peças) + Comp. 2ª peça +
Comprimento da urdidura = 100 + 30 + 100 + 30 + 100 + 70 =
TRECHO DA APOSTILA SOBRE TEAR DE PENTE LIÇO BÁSICO - ESCRITO POR Ari Mantovani
27 de set. de 2007
Tapetes que terminei nesta semana passada
Ele mede 1,20 m no comprimento e 0,45 m na largura.
20 de set. de 2007
Tapetes com fios de algodão mesclados
19 de set. de 2007
Meu tear de trabalho
Eu mandei tornear 2 cilindros de polipropileno que foram posicionados entre os rolos urdidor e do tecido, de forma a manter a tensão dos fios sempre constante, foi uma coisa simples mas que funciona maravilhosamente, pois antes, à medida em que o rolo do tecido ia se tornando maior com o enrolamento, a tensão da urdidura ia modificando e tornando o trabalho complicado.
Travei toda a estrutura e o cavalete do tear com barras de ferro roscadas e com porcas, o que tornou o tear bem mais firma e estável, além de serem colocados pesos pendurados em seu cavalete para que seja mantida a estabilidade.
Também confeccionei 2 suportes nas laterais do tear onde apoio os navetes e tenho as mãos livres para o batimento do pente.
Exposição nas feiras de artesanato
Dicas 2
TEMPEREIRA
Para evitar-se a perda de largura em um trabalho (muito comum entre os iniciantes), utiliza-se a tempereira que é uma peça de madeira ou ferro, com pontas nas extremidades, de largura regulável, É fixada nas duas laterais da peça do tecido, logo abaixo da carreira atual em que se está tecendo, mantendo-a até que a peça apresente sinais de que não está mais perdendo largura, pois evita que o mesmo encolha, a medida que formos trabalhando.
15 de set. de 2007
Dicas 1
Nas técnicas de Tapeçaria, quando se deseja tecer um tapete, com uma textura mais grossa, cada carreira da trama deve ser bem apertada contra a anterior. Desta maneira, a urdidura fica escondida, só sendo visível na parte que denominamos franjas do tapete. É muito comum neste caso utilizar-se na urdidura um barbante de algodão cordão nº. 3 ou 4. Na trama podemos utilizar lã ou algodão colorido, de espessura maior, como por exemplo o barbante de algodão cordão nº. 6, 8, 10 ou 12, dependendo do efeito final que desejarmos. Para entendermos a numeração dos fios de algodão, que são largamente empregados em tecelagem, podemos observar que os fios são formados por uma fibra de algodão em espessura padrão, cuja quantidade de fios enrolados em si mesmos, determinam a numeração, ou seja, um fio nº. 8 contem 8 fios enrolados, um fio de nº. 4 contém 4 fios enrolados em si, e assim por diante. Para sabermos a numeração de um fio, basta desenrolar sua ponta e contar quantos fios de espessura padrão ele possui. A numeração de um fio não determina sua espessura, mas simplesmente o número de fios com o qual o mesmo é formado, pois sua espessura depende de outros fatores, como por exemplo a técnica de tingimento que determina o grau de macies do fio, ou a pressão com que os mesmos são enrolados, ou ainda outros fatores que não nos interessam no momento. O que realmente interessa ao artesão é saber quantos fios na trama são necessários para formar 1 cm de tecido e isso se consegue com a observação, experimentação e aplicação de técnicas sucessivamente.